… é a expressão que define o prédio onde vivo.
Quem por lá passa, não nota nada de anormal…
Mas lá dentro, meus amigos… abundam as mais variadas espécies de bípedes distorcidos.
Só para contextualizar, é uma daquelas histórias cada vez mais frequentes, em que a construtora faliu antes da escritura, e enquanto o processo não se resolve, é uma anarquia completa, porque ninguém paga seja lá o que for (menos eu e alguns vizinhos, que somos parvos, e sinalizámos que nem uns labregos logo à cabeça), e todos resmungam.
Há muito que deixámos de ir às reuniões de condomínio, por dois motivos: porque nunca são profícuas, e porque, apesar de me considerar um homem de muitos predicados, saber lidar com cidadãos com necessidades especiais, não é um deles.
Por exemplo, a personagem que assegura a administração do condomínio, é uma figura que faz lembrar a mutação entre algo tipo o Vasco Santana podre de bêbedo, e um suricata.
Além deste, andam por lá figuras que são assíduas do Sing Star e tudo o que sejam tretas de home made karaoke, com belíssimas vozes para escrever à máquina, outros que acham que cão é uma espécie de bibelot de porcelana para pôr na varanda, outros que acham que o elevador é sala de fumo… é a mais fina elite da sociedade.
Um dos poucos vizinhos normais que tenho, e com algum senso de humor, colou um cartaz na entrada, em que com muita subtileza, sugeria aos restantes (os tais do bibelot na varanda), que tapassem os escoadores das varandas, evitando assim que toda a fachada do prédio ficasse livre de um camadão de urina, que como se sabe, quando exposta ao sol, liberta um suave e aromático odor, e só faltou sugerirem-lhe que metesse ele próprio uma rolha no c*.
São frequentes as vezes em que não há elevadores nem luz nas escadas, o que a mim nem me chateia, porque moro num 3º andar, mas afigura-se-me que é uma questão de tempo até que, numa dessas situações, assista ao movimento migratório do suricata, do 7º ao r/c, em menos de 9 segundos, e sem ser de elevador…
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